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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Guaçatonga

Nome científico

Casearia sylvestris Sw.

Família

Flacourtiaceae

Sinonímia popular

Chá-de-bugre, cafeeiro-do-mato, erva-de-bugre, guassatonga, guassatunga, café-de-frade, apiá-acanoçu, bugre-branco, café-bravo, cambroé, erva-lagarto, erva-pontada, língua-de-teju, língua-de-tiú, para-tudo, varre-forno, fruta-de-saíra, café-do-diabo.

Sinonímia científica

Casearia parviflora Willd, Samyda sylvestris (Sw) Poir., Casearia puctata Spreng., Casearia samyda (Gaert) DC.

Parte usada

Cascas, folhas e raiz.

Propriedades terapêuticas

Diurética, diaforética, depurativa.

Princípios ativos

Flavonoides, saponinas, alcaloides, óleo essencial, terpenos, limoneno, ácido hexanóico, triterpenos, diterpenos clerodano (ca-searinas A-S), taninos, lapachol.

Indicações terapêuticas

Febre, picada de cobra, envenenamento de gado, úlceras, herpes, diarreia, hematomas, sífilis, queimaduras, ferimentos, erupções cutâneas, eczema, vitiligo.

clip_image001[14]1. Informações Complementares

a) Outros nomes populares

Marmelinho-do-campo, saritã.

* Nomes em outros idiomas

wild-coffee

cortalenga

crack-open

dondequiera

guayabillo

mahajo

raton

sarnilla

ucho caspi.

b) Características gerais

A guaçatonga é um arbusto ou árvore que mede geralmente entre 4 e 6m de altura podendo chegar a 10m em áreas isoladas da Amazônia. Dotada de copa densa e arredondada, com tronco de 20 a 30cm de diâmetro. É nativa de quase todo o Brasil (desde o amazonas até o Rio Grande do sul), Argentina, Bolívia, Cuba, Espanha, Ilhas do Caribe, Jamaica, Caribe, Peru, Porto Rico e Uruguai As estruturas vegetativas e reprodutivas são caracterizadas pela presença de inclusões cristalinas e células glandulares contendo óleo essencial. Os estômatos são paracíticos. Os pelos epidérmicos são unicelulares, não glandulares.

c) Características da planta

Suas folhas são simples, alternas e pecioladas, tem a forma de ponta de lança

com bordas serrilhadas e medem de 6 a 12cm de comprimento. Produz flores de cores brancas, creme ou esverdeada reunida em glomérulos axilares.

O fruto cápsula ovoide-globoso é pequeno, vermelho quando maduro e possui 2 a 3 sementes envoltas em arilo carnoso avermelhado (semelhante a sementes de maracujá e romã), amarelo e comestível.

d) Uso popular

Diurética e diaforética. Externamente é vulnerária, com utilização em estados febris. Tem uso também como antiofídica e o fruto é utilizado contra o envenenamento do gado. Suas folhas e raízes são usadas como depurativo, anestesiante e úlceras.

Para febres perniciosas e inflamatórias são utilizadas as cascas. O suco e o decocto das folhas têm as mesmas propriedades da casca e ainda antidiarreica e combate a herpes. As folhas cozidas são usadas para lavar feridas e lesões provocadas por picadas de cobras. Se misturar as folhas com álcool (alcoolatura) são colocadas sobre hematomas. Há relatos populares do uso das folhas e raízes contra a sífilis.

A guaçatonga é citada como auxiliar dos criadores de gado na expulsão da placenta após o parto. É também utilizada externamente em queimaduras, ferimentos, erupções cutâneas, eczema e vitiligo.

e) Princípios ativos

Nas folhas da Casearia sylvestris consta a presença de flavonoides (quercetina, 4´-O-metiléter do canferol e isoramnetina), saponinas, alcaloides e óleo essencial constituído em grande parte por derivados de sesquiterpenos. As folhas frescas contém 0,6% de óleo essencial e chega a 2,5% quando estão secas.

Tem uma grande porcentagem de terpenos (77,78%), o limoneno e o ácido hexanóico, triterpenos e diterpenos clerodano (casearinas A-S), taninos e lapachol.

clip_image001[16]2. Atividades farmacológicas

Scavone et al. (1979) comprovou a ação cicatrizante na pele de camundongos e em comparação com o grupo controle, concluiu que o processo de cicatrização ocorreu mais rápido nos animais tratados com a tintura das folhas da Casearia sylvestris.

Camargo et al. (1993) aplicou o extrato fluido das folhas em lesões de estomatite herpética provocadas por herpes simples na região bucal de crianças e adolescentes e verificou redução no tempo desde o surgimento até desaparecimento das manifestações clínicas.

Sertié et al. (2000) fez estudos e verificou que extratos preparados de folhas frescas e secas de C. sylvestris administrados em ratos protegem a mucosa gástrica sem modificar o pH fisiológico do estômago. Testes foram realizados com úlcera induzida, e tanto o extrato de folhas frescas como secas agiram de forma a reduzir a área ulcerada. Acredita-se que esse efeito é devido a presença de óleos voláteis, taninos e triterpenos.

Itocawa et al. (1988, 1990) e Morita et al. (1991) ao isolarem os diterpenos clerodanos (casearinas A a F e G a R) das folhas em extrato hidroalcoólico identificam como sendo responsáveis pela ação antitumoral e citotóxica.

Outros estudos foram realizados com o óleo essencial das folhas secas e mostraram a ação inibitória de edema agudo induzido por veneno de urutu (Bothrops alternatus) e carragenina. Em outro trabalho com veneno de cobras e abelhas injetadas em camundongo em doses letais, o extrato aquoso de folhas mostrou-se capaz de inibir a atividade anticoagulante de enzimas e neutralizar o efeito letal destas, prolongando a sobrevivência dos animais.

clip_image001[18]3. Confusão dos nomes populares

Não foram encontradas confusões com o nome popular guaçatonga.

O nome marmelinho-do-campo é o nome também da Austroplinckia populnea Reiss, também conhecida como mangabeira-brava.

O café-do-diabo é também o nome dado a Euphorbia heterophylla L. conhecida também por amendoim-bravo.

O café-bravo possui 4 plantas conhecidas com esse nome: Croton lobatus L., Guarea macrophylla Vahl, Palicourea marc gravii (considerada venenosa) e Margaritaria nobilis L.

Observações:

As folhas são utilizadas com sucesso em casos de úlceras pépticas e também em gastrites, úlceras varicosas, feridas, picadas de insetos, herpes, aftas e todo tipo de ulcerações. Tem saponina, uma substância química antiinflamatória e tanino, um princípio adstringente. Segundo alguns ajuda a eliminar a batéria Helicobacter pylorae.

A C. sylvestris apresentou baixa toxicidade e excelente índice terapêutico.

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