Pesquisar este blog

Muita luz e bençãos à todos.

NÃO CONSUMA ERVAS E ALIMENTOS SEM ORIENTAÇÃO DE UM PROFISSIONAL.

Gostaria de pedir que caso algum autor não queira que seu texto seja postado aqui, por favor, é só comunicar e será retirado imediatamente.
Como a principal fonte é, muitas vezes, a Internet, meio de informação pública, muita coisa é publicada sem informações de Copyright, fonte, autor etc.. Caso algum texto postado ou imagem não tenha sua devida informação ou indicação, será escrito autoria desconhecida. Caso souberem, por favor, deixe um comentário indicando o ou no texto, ou caso reconheçam algum conteúdo protegido pelas leis de direitos autorais, por favor, avisar para que se possa retirá-lo do blog ou dar-lhe os devidos créditos. Se forem utilizar qualquer texto postado aqui, por favor, deem os devidos créditos aos autores dos textos. Obrigada!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Yule

Meditação de Yule

Chegamos ao fim do ano, um período de fins e recomeços.
No solstício de Inverno, a semente de luz está estreitamente envolvida no rebento da escuridão. A partir de agora, á medida que os dias crescem, a semente solar desenvolve-se lentamente através dos dias frios de Inverno até alcançar o seu auge em Lugnhassad voltando ao seu declínio novamente…alcançando o círculo exterior da espiral do ano, recomeça a retrair-se para o centro.
Quando alcançamos a soleira de um novo ano, tornamos-nos mais conscientes da forma espiralada que afeta a nossa caminhada, que nos guia continuamente ao ciclo seguinte das nossas provas espirituais e cósmicas, tornando-nos conscientes do “Eterno Regresso”.
Durante todas as preparações laboriosas de Yule, é importante perder um pouco de tempo para nos harmonizarmos com a matriz profunda, escura, da meia noite do ano, para sentir e amar o sereno intervalo que se produz desde o levantar das cortinas da cena do Teatro do ano e a expectativa da peça que vai começar.
Na meditação que se segue, entramos no silêncio da Terra, para experimentar os seus mistérios e preparar-nos para o nosso renascimento na luz de um novo ciclo.

Meditação da colina Encantada

Senta-se confortavelmente num local onde não possa ser incomodado, acenda uma vela branca para o proteger e guiar durante a sua meditação, pode por um pouco de incenso a queimar para ajudar a sua mente a relaxar… feixe os olhos e respire calmamente… concentre-se no seu “eu” interior.
Encontra-se neste momento no cimo de uma colina circundada por uma floresta vasta e um lindo crepúsculo estende-se perante si. Abaixo, as árvores deixam transparecer um vale profundo com um rio prateado pelo luar refletido da lua vagueando no céu claro. O reflexo da lua dá lugar a um caminho de peças prateadas, na superfície do rio, que segue calmamente o seu curso, mas o seu olhar é atraído para a outra margem
do rio onde encontra uma maravilha maior, uma colina que parece coberta de cristais luzindo na luz como um espelho terrestre da própria Lua. Em volta do monte cristalino está erguido um círculo de pequenas pedras.
Deixa a colina em direção à colina cristalino e chega a margem do rio, onde crescem jovens salgueiros… As margens estão mais afastadas do que parecia visto de cima, e decepciona-se percebendo que não há meio de atravessar o rio. Mas eis que enquanto esta frente ao rio pronto a voltar atrás, emerge da uma névoa branca agua que dá forma a uma jovem mulher com longos cabelos ondulantes e amplas roupas brancas, ao seu lado encontra se uma vaca branca também feita da névoa, só que na sua fronte reluz uma estrela de um prateado intenso.
A senhora do rio pergunta-lhe qual a razão que te leva até lá. Pense bem antes de responder, qual é realmente a verdadeira razão de ter ido a este local? O que espera alcançar nesta viajem? Se o seu pedido surge de um sincero desejo de sabedoria, ela aproximar-se á e convidá-lo-á a subir para as costas da vaca branca que dá meia volta e o leva facilmente para o outro lado da margem.
Agora encontra se na outra margem do rio, aproxima-se da colina de cristais e chega perto do círculo de pedras. Mas no momento que tenta passar entre dois rochedos erguidos, um clarão resplandecente surge com chamas altas como tochas, oscilando da esquerda para a direita, impedindo que possa passar e criando sombras misteriosas que os muros brilhantes da colina refletem.
Então recua e ouve uma voz, assobiando como as chamas,
pondo em questão o seu direito de estar ali. Se a sua resposta for sincera e corajosa,
as chamas extinguem-se e deixá-lo-ão passar…
Alcança agora uma pequena porta na colina… Dois pilares estreitos sobrepostos a um terceiro formam uma passagem apertada e escura. Em frente da porta, barrando o caminho, encontra-se uma pedra cinzenta, na horizontal, completamente coberta de gravuras e espirais. Ela parece emitir uma forte energia, como se de eletricidade se tratasse, como se ela
estivesse viva e se tentasse passar por ela lhe desse uma enorme descarga eléctrica.
Enquanto permanece de pé, frente a pedra, tentando saber o que fazer, apercebe-se que as espirais começam a mover-se. Então olha com atenção e começa a perder a perspectiva, parece-lhe assistir ao movimento espiralado das galáxias. Pedaços de quartzo resplandecem quando olha para as pedras em baixo ou quando olha para as estrelas em cima. Uma voz profunda e sonora parece surgir da pedra e pergunta-lhe porque quer entrar na colina. Responda corretamente e será autorizado a passar…
Então quando se aproxima da entrada escura da colina uma pessoa vestida com um manto sai da sombra e deseja-lhe as boas vindas. Ele é o seu guia, vem para o escoltar, contente que tenha passado as três provas, a água, o fogo, e a pedra.
Abrindo caminho com uma tocha pelo chão desnivelado, o seu guia conduz-lo a uma sala estreita; tem de baixar-se para poder entrar. O ar
esta abafado, quase quente e apercebe-se que entrou no seu “eu” interno, onde pode ver as sombras pálidas de um circulo de pessoas sentadas ao longo da parede.
O Seu guia encaminha-o para dentro do circulo e apaga as luzes… A escuridão envolve-o como uma capa de veludo…de vez em quando faz-se
ouvir murmúrios profundos à sua volta, cânticos de ritmos iguais e calmos
murmurados numa língua estranha… por vezes acompanhados de instrumentos rítmicos, um tambor entoando, guizos a tilintar ou o sopro de flautas, como quando o vento sopra entre os caniços selvagens… por vezes faz-se silencio. Por vezes parece-lhe ver personagens passar a sua frente a levitar, como se estivesse a sonhar…e surge imagens da sua vida, dos anos que passaram, observe-as com desprendimento… deixe-as ir, deixe-as prosseguir…
De repente algo acontece… o tambor entoa persistentemente… a liturgia eleva-se… começa a aperceber-se das formas das pessoas a sua volta e
percebe que uma luz pálida cinzenta entra na sala… A Luz que vai crescendo revela pessoas balançando-se em ritmo… os seus rostos exprimem um transe arrebatador enquanto outras estão sentadas imóveis numa meditação profunda….Veja se há rostos familiares… A liturgia melódica e o tambor vão aumentando e alcançando os sons mais altos e mais intensos, cessa repentinamente.
No silêncio, um raio de luz dourada, como um rio de âmbar
líquido, escorre pela entrada da sala…. A primeira luz do Sol recém nascido… lentamente, ela escorre pelas pedras, iluminando com seu reflexo dourado os símbolos misteriosos gravados nas fachadas, espirais, símbolos solares, círculos e formas de diamantes… como que representando palavras num livro feito de pedra, que se fossem percebidas, revelariam os segredos do universo…
E o raio do Sol alcançou-o, toca-lho os pés… o seu corpo…o seu rosto… e então mergulhe na luz com todos os poros… Neste momento cada célula de seu corpo, resplandece, regenerado… recarregado…renovado….
Permaneça assim por um tempo, sinta a luz impregnar-se em todo o seu ser.
Finalmente o raio de luz desaparece gradualmente, mas o seu brilho permanece profundo no coração de seu ser… mesmo depois de saírem um por um, abaixando-se na passagem estreita… caminhando a volta da pedra das espirais… para lá do circulo de pedras… e na rua à luz do dia, luz de um novo ano… regressa ao presente, abrindo os olhos, sente-se plenamente desperto, refrescado, renovado e resplandecendo de Luz.

Tradução livre por Brydea do livro, "KINDLING THE CELTIC SPIRIT" de Mara Freeman

site do texto: http://murmuriosdasbrumas.blogspot.com.br/2009/12/meditacao-de-yule.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário