Pesquisar este blog

Muita luz e bençãos à todos.

NÃO CONSUMA ERVAS E ALIMENTOS SEM ORIENTAÇÃO DE UM PROFISSIONAL.

Gostaria de pedir que caso algum autor não queira que seu texto seja postado aqui, por favor, é só comunicar e será retirado imediatamente.
Como a principal fonte é, muitas vezes, a Internet, meio de informação pública, muita coisa é publicada sem informações de Copyright, fonte, autor etc.. Caso algum texto postado ou imagem não tenha sua devida informação ou indicação, será escrito autoria desconhecida. Caso souberem, por favor, deixe um comentário indicando o ou no texto, ou caso reconheçam algum conteúdo protegido pelas leis de direitos autorais, por favor, avisar para que se possa retirá-lo do blog ou dar-lhe os devidos créditos. Se forem utilizar qualquer texto postado aqui, por favor, deem os devidos créditos aos autores dos textos. Obrigada!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Aroeira

Nome científico

Schinus molle L.

Família

Anacardiáceas

Sinonímia popular

Aroeira vermelha, aroeira mansa, corneíba.

Parte usada

Cascas, folíolos, sementes, frutos, óleo resinos.

Propriedades terapêuticas

Anti-diarréica, antileucorréica, adstringente, balsâmica, diuréti-ca, emenagoga, purgativa, estomáquica, tônica, vulnerária, anti-inflamatória, fungicida e bactericida.

Princípios ativos

clip_image001

* Óleo essencial: rico em mono e sesquiterpenos. Taninos, Resinas, Alcalóides, Flavonóides, Saponinas esteroidais, Esteróides, Triterpenos, cis-sabinol, p-cimeno, limoneno, simiarinol, alfa e beta pineno, delta-caroteno, alfa e beta felandeno, terechutona.

Indicações terapêuticas

Azia, gastrite, febre, cistite, uretrite, diarreia, blenorragia, tosse, bronquite, reumatismo, íngua, dor-de-dente, gota, ciática.

1. Informações complementares

Muitas espécies no Brasil são conhecidas como Aroeira. Destacaremos aqui duas espécies:

a) Sinonímia científica para Schinus molle L.

Schinus areira L.

Schinus molle var. areira L.

Schinus angustifolius Sessé & Moc.

Schinus huigan Mol.

Schinus mole var. argentifolius March.

Schinus occidentalis Sessé & MOc.

Sinonímia científica para Schinus terebinthifolia

Schinus mucronulata Mart.

* Nome popular para Schinus molle: Aroeira, Aroeira vermelha, Aguará-Ybá-Guassú (dos Guaranis) Aroeira do Amazonas, Aroeira folha de salso, Aroeira Salso, Corneiba (dos Tupis), Pimenteira do Peru, Anacauíta, Araguaraíba, Aroeira mansa, Fruto-de-sabiá, Pimenteiro, Terebinto, Aroeira-periquita, Aroeira mole.

* Schinus weinmanniifolius Mart.

Schinus riedeliana Engl.

Schinus selloana Engl.

Schinus damaziana Beauv.

Schinus raddiana Engl.

b) Nome popular para Schinus terebinthifolia

Aroeira brasileira, Aroeira vermelha, Aroeira mansa, Cabuy, Cambuy, Fruto-de-sabiá, Aguaraíba, Aroeira da praia, Aroeira do brejo, Aroeira-pimenteira, Bálsamo, Corneíba, Aroeira do Paraná, Aroeira do sertão,

c) Origem

Sul do Brasil (alguns autores consideram sua origem peruana).

* Nome em outros idiomas

Lentisco: Espanhol

Lentisque, poivrier d´Amerique, poivrier du Perou: Francês

Califórnia peper tree : Inglês

Pimenteira bastarda: Portugal

Pfefferstrauch: Alemão

2. Princípios ativos

* Óleo essencial: rico em mono e sesquiterpenos, em teor de 1% para as folhas e 5% para os frutos.

Taninos, Resinas, Alcalóides, Flavonoides, Saponinas esteroidais, Esteróides, Triterpe-nos. Para as sementes é citado um teor de óleo fixo da ordem de 14%. O óleo essencial da Schi-nus terebinthifolius contém: cis-sabinol, p-cimeno, limoneno, simiarinol, alfa e beta pineno, del-ta-caroteno, alfa e beta felandeno, triterpenos como o ácidomasticodienóico, 3 hidroximastico-diênomico, schinol, terechutona, baicremona e ácido terebentifólico.

3. Propriedade

a) Uso medicinal

As cascas e folhas secas da aroeira são utilizadas contra febres, problemas do trato urinário, contra cistites, uretrites, diarréias, blenorragia, tosse e bronquite, problemas menstruais com excesso de sangramento, gripes e inflamações em geral. Sua resina é indicada para o tratamento de reumatismo e ínguas, além de servir como purgativo e combater doenças respiratórias.

Emprega-se também contra a blenorragia, bronquites, orquites crônicas e doenças das vias urinárias.

Seu óleo resina é usado externamente como cicatrizante e para dor-de-dente.

A resina amarelo-clara (a qual endurece ao ar tornando-se azulada e depois pardacenta), proveniente das lesões das cascas, é medicamento de larga aplicação entre os sertanejos, como tônico, nos casos em que usam cascas.

Em outros tempos, a aroeira foi utilizada pelos jesuítas que, com sua resina, prepara –

vam o "Bálsamo das Missões ", famoso no Brasil e no exterior.

A planta inteira é utilizada externamente como anti-séptico no caso de fraturas e feridas expostas. O óleo essencial é o principal responsável por várias atividades desta planta, especialmente à ação antimicrobiana contra vários tipos de bactérias e fungos e contra vírus de plantas, bem como atividade repelente contra a mosca doméstica. Este óleo essencial, rico em monoterpenos, é indicado em distúrbios respiratórios. É eficaz em micoses, candidíases (uso local) e alguns tipos de câncer (carcinoma, sarcoma, etc.) e como antiviral e bactericida. Possui ação regeneradora dos tecidos e é útil em escaras, queimaduras e problemas de pele.

Externamente, o óleo essencial da aroeira brasileira utilizado na forma de loções, gels ou sabonetes, é indicado para limpeza de pele, coceiras, espinhas (acne), manchas, desinfecção de ferimentos, micoses e para banho.

Em muitos estudos in vitro, extratos da folha da aroeira brasileira demonstram ação antiviral contra vírus de plantas e apresentam ser citotóxicos para 9 tipos de câncer das células.

Em banhos é utilizado o decocto da casca de aroeira para combater úlceras malignas.

b) Uso culinário

A pequena semente do fruto da aroeira vermelha, redondinha e lustrosa, inscreve-se entre as muitas especiarias existentes e que são utilizadas essencialmente para acrescentar sabor e refinamento aos pratos da culinária universal. O sabor suave e levemente apimentado da aroeira vermelha, bem como sua bonita aparência, de uso decorativo, permite o seu emprego em variadas preparações, podendo ser utilizada na forma de grãos inteiros ou moídos. No entanto, a aroeira é especialmente apropriada para a confecção de molhos que acompanham as carnes brancas, de aves e peixes, por não abafar o seu gosto sutil.

Introduzida na cozinha europeia, com o nome de aroeira poivre rose (pimenta-rosa), a aroeira vermelha acrescentou um gostinho tropical à nouvelle cuisine.

c) Outros usos

Devido ao alto teor de tanino, é empregada nos curtumes para curtir peles e couros. As folhas maduras passam por forrageiras. No Peru, a aroeira é utilizada após fermentação para se fazer vinagre e bebida alcoólica.

4. Dosagem indicada

a) Gota, reumatismo e ciática

* Banho: ferver 26g de cascas de aroeira em um litro de água. Tomar, diariamente, um banho de 15 minutos, tão quente quanto possível. Um ensaio clínico feito com extrato aquoso das cascas de Schinus terebinthifolius na concentração de 10% aplicado na forma de compressas intravaginais em 100 mulheres portadoras de cervicite e cervicovaginites promoveu 100% de cura num período de uma a três semanas de tratamento.

b) Gargarejos, bochechos, compressas, tratamento tópico de ferimentos de pele ou mucosas, infectadas ou não, cervicite, hemorroidas inflamadas, gengivas inflamadas

Cozinhar em 1 litro de água, 100g da entrecasca limpa e seca da Schinus terebinthifo-lius, quebrada em pedaços pequenos.

c) Azia e gastrite

Utilizar os frutos cozidos de 2 vezes, cada vez com meio litro de água. Beber em doses de 30 ml duas vezes ao dia.

5. Curiosidades

Seus frutos são utilizados na Flórida para decoração de Natal, o que lhe conferiu a denominação de Christmas-berry. Em 1996, uma patente americana foi criada para um produto feito com o óleo essencial de aroeira brasileira, Schinus Terbinthifolius, como um remédio tópico de ação bactericida utilizado contra Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus para seres humanos e animais (um preparado par nariz, ouvido e peito).

A mesma companhia criou uma outra patente em 1997 para um preparado similar usa -

do para limpeza de pele e de ação bactericida.

Cuidado

Contra-indicações: Em todas as partes da planta foi identificada a presença pequena de alquil-fenóis, substâncias causadoras de dermatite alérgica em pessoas sensíveis. Sentar-se à sombra desta aroeira implica grandes riscos, pelos efeitos perniciosos que pode provocar. As partículas que se desprendem de sua seiva e madeira seca podem causar uma afecção cutânea parecida com a urticária, edemas, febre e distúrbios visuais.

O uso das preparações de aroeira deve ser revestido de cautela por causa da possibilidade de reações alérgicas na pele e mucosas. Caso isto aconteça, suspenda o tratamento e procure o médico o mais cedo possível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário