Nome científico | Oxalis acetosella L. |
Família | Oxalidáceas. |
Sinonímia popular | Oxálida-azeda. |
Parte usada | Folhas frescas. |
Propriedades terapêuticas | Febrífuga, diurética, refrescante, depurativa, expectorante, adstringente, desopilante, descongestionante. |
Princípios ativos | Ácido ascórbico, mucilagem, oxalatos (ácido oxálico e oxalato ácido de potássio). |
Indicações terapêuticas | Inflamações intestinais e da bexiga, constipação, feridas, gengivite, febre. |
Planeta | Vênus ou Júpiter |
Uso mágico | Saúde e cura. |
1. Informações complementares Não confundir esta azedinha (Oxalis acetosella L.) com outra azedinha (Rumex acetosa L) |
* Nomes em outros idiomas
Sauerklee: alemão
Acederilla, aleluya: espanhol
Alléluia: francês
Wood sorrel: inglês
Acetosella: italiano
Partes usadas
a) Folhas frescas.
As folhas secas perdem quase todas as suas propriedades terapêuticas.
2. Propriedades terapêuticas
Febrífuga, diurética, refrescante, depurativas nas inflamações intestinais e da bexiga (nefrites), expectorante, adstringente, desopilantes e descongestionantes do fígado (indicado na icterícia), antiescorbútico pelo teor de vitamina C.
a) Uso medicinal
Por suas propriedades febrífugas, diuréticas e refrescantes é muito apreciada por todos aqueles que se voltam para a natureza para curar e prevenir os seus males. O seu sabor ácido é muito agradável.
Quem quiser uma cura branda, mas contínua, contra as inflamações intestinais e da bexiga pode misturar algumas folhas frescas à salada. Ricas em vitamina C, as folhas são também um remédio eficaz contra a constipação.
Para uso externo, ela possui um efeito adstringente em feridas, ajudando com isso a uma cicatrização mais rápida. Compressas de folhas esmagadas servem para reduzir os inchaços.
Antigamente as folhas frescas eram mastigadas para curar casos de gengivite.
b) Uso culinário
Um punhado de folhas frescas picadas pode ser adicionado à saladas, conferindo-lhes um agradável e estimulante sabor ácido. Pode também ser utilizado para enriquecer o sabor de sopas de legumes e molhos.
3. Dosagens indicadas
* Abscessos frios (cataplasma): misturar um punhado de folhas frescas, cozidas e mor-nas, com uma colher de azeite puríssimo, aplicando sobre o abscessos com um pedaço de gaze.
* Diurético (decocção): ferver por 5 minutos, 50g de folhas em um litro de água. Consumir o líquido frio, em calicezinhos durante o dia.
* Infusão: com as mesmas doses da decocção, obter um medicamento mais suave.
* Febre (decocção): ferver em um litro de água 60g de folhas. Adoçar um pouco e beber em calicezinhos durante o dia.
* Intestinos (inflamações, decocção): colocar em uma panelinha 25g de azeite com 50g de folhas frescas de azedinha, 15g de folhas frescas de cerefólio, 15g de folhas de alface e 15g de folhas de beterraba. Ferver tudo até que as folhas estejam cozidas. Passar o líquido por um pedaço de tela, apertando bem para extrair todo o líquido. Beber uma colher de hora em hora até a inflamação desaparecer.
4. Curiosidades
O nome do gênero oxalis vem do grego óxos, vinagre, devido à característica condimentar de suas folhas, e o termo é reforçado pelo nome da espécie.
Cuidado
Contra-indicações: A planta, utilizada por propriedades estimulantes desde a antiguidade, deve ser usada com moderação. Por ter um alto teor de ácido oxálico, deve-se limitar o uso principalmente por aqueles que sofrem de cálculos renais. Contra-indicado também em casos de gastrite.
É importante não exceder a dose para evitar efeitos tóxicos. O consumo exagerado desta planta induz à sintomas de intoxicação.
Efeito colateral: O ácido oxálico contido nesta planta na forma de oxalato ácido de potássio reduz a absorção do cálcio por parte do organismo.
Nome científico | Rumex acetosa L. |
Família | Poligonáceas |
Sinonímia popular | Azedeira, azedinha da horta, azeda-brava. |
Sinonímia científica | Acetosa pratensis Mill. |
Parte usada | Planta inteira. |
Propriedades terapêuticas | Antiescorbútica, laxativa, diurética, anti-inflamatória, refrescante, tônico. |
Princípios ativos | Antraquinonas, ácido oxálico e oxalatos (oxalato ácido de potássio), vitamina C, 5% de taninos, substâncias amargas, gordura, açúcar, ferro. |
Indicações terapêuticas | Anemias, erupções cutâneas, falta de apetite, retenção de urina, eczemas crônicos, verminoses, afecções biliosas, dores do abdômen, inchaço, cansaço dos pés e mãos, chagas, feridas, úlceras. |
1. Informações complementares Não confundir esta azedinha Rumex acetosa L com outra azedinha Oxalis acetosella L. |
a) Outro nome popular
Azeda comum.
* Nome em outros idiomas
Espanhol: acedera, vinagrera, agrilla
Alemão: Sauerampfer
Inglês: common sorrel, sheeps´sorrel
Italiano: ronice, acetosa
Francês: oiselle de pres
b) Origem
Europa e Ásia.
2. Curiosidades
Pedáneo Dioscórides, médico militar grego do exército de Nero, utilizava suas sementes com água e vinho, para curar problemas de diarreia. As vezes ele as utilizava para dermatites e cozidas com vinho para dores de dentes e ouvidos.
Na Idade Média eram utilizadas as raízes como emoliente, para males do fígado e depurativo. Porém na medicina moderna já não é mais utilizada. Mas na medicina popular ainda é muito apreciada.
Hoje é empregada na Homeopatia uma tintura que se faz de suas raízes frescas.
Uma forte infusão de azedinha remove manchas de linho, vime e prata. As folhas e as partes floridas produzem um corante amarelo esverdeado. A raiz fornece material corante vermelho.
3. Dosagens indicadas
a) Infusão para problemas de pele
Colocar 2 colheres de chá da erva seca com um quarto de litro de água fervente. Deixar abafado por 10 minutos. A dose correta é de duas xícaras ao dia, não passar disso. O restante indevido deve-se utilizar para lavar o local afetado.
b) Diurético
* Infusão: verter um litro de água fervendo sobre uma porção de folhas picadas. Repousar 10 minutos. Tomar três calicezinhos ao dia.
* Suco: espremer um punhado de folhas frescas até obter seu suco. Tomar 1 colher (sopa) de hora em hora.
c) Chagas, feridas, úlceras
Faz-se um cozimento com um punhado de folhas em 1 litro de água por alguns minutos. Banhar o local.
d) Inchaço e cansaço dos pés e mãos
Aplica-se um cataplasma feito com folhas inteiras frescas.
4. Propriedades
a) Uso medicinal
Segundo Pio Corrêa, é uma planta acidulante, refrigerante e neutralizadora da ação de substâncias purgativas e acres. No estado fresco encerra 41% de ácido silícico, 17% de cal, 15% de potassa, 5% de ácido fosfórico e em quantidades menores pela ordem em que vão sendo mencionadas, magnésia, alumina, soda, óxido de ferro, cloro, ácido sulfúrico e óxido de manganês. Além de seu valor como alimento em saladas, caldos, etc. é refrescante e muito depurativo.
Na medicina atual suas folhas frescas e cruas são utilizadas em casos de falta de apetite, casos de retenção de urina e como depurativo do sangue.
As sementes são utilizadas para combater eczemas crônicas e verminoses. A decocção das folhas e da raiz é antiescorbútica e diurética, sendo empregada com este último objetivo nas
afecções biliosas e inflamatórias.
As suas raízes podem ser utilizadas como laxante por conter antraquinonas em sua composição. O sabor amargo é devido à quantidade de ácido oxálico que possui que limita sua utilização.
Para uso externo, uma máscara facial pode ser feita, picando finamente suas folhas sendo assim um excelente descongestionante.
O chá feito com a erva seca pode ser utilizado interna ou externamente para problemas de pele. Um vinho cozido com a azedinha pode ser um remédio barato para dores do abdômen.
O suco pode ser utilizado para tratar deficiências em vitaminas. Porém seu uso deve ser restrito e moderado, principalmente para pessoas com tendência a formação de cálculos.
b) Uso Culinário
Utilizado em sopas, também como saladas. Para o consumo são mais apropriadas as folhas e brotos tenros antes da floração. O seu sabor ácido empresta às saladas sabor muito agradável. Porém fazer uso moderado. Não se deve cozinhar a azedinha em panelas de alumínio. Esta regra também vale para o espinafre.
Cozinha-se a azedinha como o espinafre, adicionando ovos batidos e manteigas. Uma sopa deliciosa pode-se fazer com a azedinha, fritando o alho em óleo e adicionando em seguida fubá. Ao dourar um pouco o fubá , acrescenta-se água e deixa cozinhar até engrossar o caldo. Ao fervido adicionar a azedinha picada e mexer um pouco.
UMA SOPA SABOROSA:
Ingredientes:
2 porções de azedinha picada
1/4 copo pequeno de manteiga
6 copos de caldo de carne magro
2 gemas
Sal e pimenta a gosto
Preparo:
Derreta a manteiga na panela no fogo baixo e frite suavemente a azedinha por 5 minutos. Não deixe que a manteiga escureça e fique marrom. Assim estraga o sabor. Adicione o caldo de carne e ferva, tirando toda a espuma que se formar na superfície. Tempere. Bata as gemas diretamente no recipiente onde irá ser servida a sopa. E adicione o líquido fervente sobre as gemas bem batidas, batendo vigorosamente com um garfo. Sirva imediatamente com torradas e queijo ralado.
Cuidado
Contra-indicações: O sabor amargo da azedinha é devido ao conteúdo de ácido oxálico que limita sua utilização. Pessoas com tendência a formação de cálculos oxálicos não devem fazer o consumo desta planta. Não deve ser utilizado por pessoas que tenham artrite, reumatismo e cálculos.
Não se deve fazer o uso de suas folhas frescas em grande quantidade, com o risco de intoxicação. Quando a azedinha é escaldada, perde grande parte de seus ácidos oxálicos, tornado-a mais própria para o consumo e diminui assim seu efeito indesejável.
Efeitos colaterais: O consumo de azedinha em grandes quantidade é problema sério, pois compromete na digestão, a absorção de cálcio pelo organismo, levando a graves enfermidades. Portanto deve-se consumi-la com moderação e de preferência escaldada, com isso diminuindo seus efeitos indesejáveis e aproveitando suas propriedades benéficas.
Não deve ser utilizado por pessoas que tenham artrite, reumatismo e cálculos. Mesmo assim seu consumo deve ser moderado, pois seus oxalatos e sais alcalinos podem levar a uma intoxicação. Vômitos, diarreias, dificuldade de engolir e urinar podem ser os efeitos da intoxicação. Portanto cuidado ao consumi-la em grande quantidade!
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