Nome científico | Equisetum arvense L. |
Família | Equisetáceas |
Sinonímia popular | Rabo de cavalo, cauda de cavalo, erva carnuda, equisseto. |
Partes usadas | Flores e folhas |
Propriedades terapêuticas | Diurético, anti-hipertensivo, mineralizante, anti-infeccioso, anti-prostático. |
Princípios ativos | Saponinas (equisetoninas), potássio, cálcio, fósforo, manganês, ácido silícico, flavonoides, alcaloides, taninos, fitosteroides, áci-dos graxos aconitínico, benzoico, málico, gálico, péctico, vitamina C, resinas, lignanos. |
Indicações terapêuticas | Osteoporose, reumatismo, ajuda nos tratamentos para emagrecer, edema pré-menstrual, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea. |
Planeta | Saturno. |
Uso mágico | Fertilidade. |
1. Informações Complementares * Nome em outros idiomas Espanhol: cola de caballo, yunquillo, yerba de los plateros, yerba del tigre, cola de lagarto (Uruguai) e tembladera pequeña (Colôm-bia). Inglês: equisetum ou horsetail. a) Origem Europa. |
Remanescente de plantas pré-históricas, único sobrevivente de um gênero fóssil que existiu antes do aparecimento do homem, há milhões de anos. A cavalinha pertence ao grande grupo das Criptógamas vasculares. A erva é remanescente desse período, quando cavalinhas gigantes se proliferavam à beira dos lugares úmidos, como uma espécie de bambu mais aquático.
b) Características e Cultivo
A cavalinha possui grandes quantidades de ácido sílico, flavonoides, sais de potássio, ferro e magnésio, além de tanino e outras substâncias.
Prefere solos pantanosos ou campos úmidos.
Caules ocos de até 30cm de altura, parece um bambu sem folhas e fino. Os caules podem ser de dois tipos:
● estéril: mais alto, de cor esverdeada, pequenas folhas em forma de agulhas emendadas; essa parte produz alimentos para si mesma, realizando a fotossíntese;
● fértil: aparecem na primavera, são mais curtos, de cor branco amarelada na base e vermelho escuro na ponta, com tufos de esporos bissexuados.
c) Descrição
As cavalinhas (Equisetum arvensis L/Equisetum hyemale) habitam o mundo todo, inclusive o Brasil, onde se adaptou.
É uma planta perene, rizomatosa e reptante da família das Equissetáceas, que prefere terre-nos pantanosos ou úmidos. Caracteriza-se pelos talos férteis, pardo-amarelos ou estéreis, verdes. Os primeiros nascem no inverno e formam espigas esporangíferas de até 20cm, enquanto os verdes, de até 80cm, surgem dos primeiros.
Esta planta deriva de ancestrais mesozoicos de mais de 270 milhões de anos. Seus rizo-mas são longos e tem nós de espaço a espaço além de lançarem ramificações compridas que formam curvas bonitas semelhantes ao que acontece com os rabos de cavalos. Daí seu nome.
Tem 5% de saponinas (equisetoninas) e mais potássio, cálcio, fósforo, manganês, ácido silícico, flavonoides, alcaloides, taninos, fitosteroides, ácidos graxos (linolêico, linólico e oleico) aconitínico, benzoico, málico, gálico, péctico e vitamina C, além de resina e lignanos.
2. Propriedades
a) Medicinal
Por conter grande quantidade de silício, é uma excelente mineralizante, ou seja, é boa para problemas nos ossos, como osteoporose; é conhecida também como erva da terceira idade, pois além dos ossos, protege também quem tem problemas de próstata.Diurética e anti-úrica, a cavalinha é usada popularmente para tratar de retenção e irritação das vias urinárias (rins e bexiga), anemias, hemorroidas, hemorragias nasais, inflamações de útero, fraturas e descalcificação de dentes e ossos, sob forma de infusão (2 a 3 xícaras/dia), auxilia no tratamento de hemorragias (sob forma de vapor ou compressas). Sua utilização é sob forma de chá, feita com infuso (ferve-se primeiro a água, coloca-se a erva num recipiente e joga a água fervente por cima, abafando antes de tomar pelo menos por cinco minutos) de 2 colheres de sopa da erva picada para 500 ml de água.
Por seu alto conteúdo mineral, principalmente o silício, a cavalinha é muito usada para recompor o tecido conjuntivo, por aumentar a atividade dos fibroblastos e a elasticidade dos tecidos, o que a torna útil na osteoporose e reumatismos (Weiss R., 1980). Por outro lado, tendo potássio, equisetonina e ácido gálico, é um bom diurético e anti-hipertensivo, além de ajudar nos tratamentos para emagrecer, conforme Bakke, F. et al., 1980, já estudaram.
Nos edemas pré-menstruais, o equiseto pode ajudar muito, já que receita de diurético de síntese não funciona: na Colômbia, Corpas J. et al., em 1995, fizeram pesquisas neste sentido e mostraram que estigmas de milho e equiseto eram bons medicamentos para isto. Ademais, por ter ácidos, aconítico e cítrico, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea, contracenando estes ácidos com a silícea e os flavonoides (Viñas, F., 1993).
Um trabalho de Peris, J. et al, em 1995, mostrou algum efeito retardador sobre o cresci-mento de células neoplásicas e do aparecimento de metástase e que os alcaloides podem ter ação anticolinérgica e oxitócica.
b) Cosmética
Em infusão, combate a celulite; ferva 30gs da erva (caules estéreis) em 2 litros de água por 15 minutos. Coe e despeje na banheira. Tome banho de imersão por 20 minutos. Repita 2 ou 3 vezes por semana.Uma infusão mais forte aplicada com bandagens, ou mesmo um cataplasma da erva, aplicada em locais do corpo propensos a celulite, faz verdadeiras maravilhas.A cavalinha é ainda excelente tônico para peles oleosas.
c) Utilização
* Uso caseiro: utilizada na marcenaria para polir madeira. Também usado como corante verde.Usa-se contra transpiração excessiva nos pés, sob a forma de tintura, com banhos preparados com a planta.Muito bonita em arranjos com flores, antigamente era usada como uma espécie de "bombril" vegetal, bom para arear panelas (pelo seu teor de silício).
* Aromaterapia: tônico nervoso para a exaustão e cansaço, anti-depressivo, combate stress e ansiedade.
3. Dosagem indicada
Na etnomdicina, decocção de seus talos (50g/l) é usada como mineralizante, diurético, anti-infeccioso, urinário e antiprostático, com 4 xícaras ao dia (50g tem aproximadamente 30mg de silício, mais ou menos o que se usa em prescrição médica).
4. Outros Usos
Na Europa, o E. hyemale, variedade do nosso equisseto, é usado para polir prata e estanho. Isso é possível pela alta quantidade de silício que apresenta (a areia tem muito silício).
Também o colocam sobre páginas de livros velhos para protegê-los de deterioração e na agricultura biológica a cavalinha macerada, seu pó ou decocção é usada para controle de pragas.
Na cosmética, é reforçado de unhas e ajuda na prevenção de estrias e rugas por ter muito silício. Este metal participa da formação de glucosaminaglicanos, essenciais para o metabolismo de ossos e cartilagens.
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