Pesquisar este blog

Muita luz e bençãos à todos.

NÃO CONSUMA ERVAS E ALIMENTOS SEM ORIENTAÇÃO DE UM PROFISSIONAL.

Gostaria de pedir que caso algum autor não queira que seu texto seja postado aqui, por favor, é só comunicar e será retirado imediatamente.
Como a principal fonte é, muitas vezes, a Internet, meio de informação pública, muita coisa é publicada sem informações de Copyright, fonte, autor etc.. Caso algum texto postado ou imagem não tenha sua devida informação ou indicação, será escrito autoria desconhecida. Caso souberem, por favor, deixe um comentário indicando o ou no texto, ou caso reconheçam algum conteúdo protegido pelas leis de direitos autorais, por favor, avisar para que se possa retirá-lo do blog ou dar-lhe os devidos créditos. Se forem utilizar qualquer texto postado aqui, por favor, deem os devidos créditos aos autores dos textos. Obrigada!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cavalinha

Nome científico

Equisetum arvense L.

Família

Equisetáceas

Sinonímia popular

Rabo de cavalo, cauda de cavalo, erva carnuda, equisseto.

Partes usadas

Flores e folhas

Propriedades terapêuticas

Diurético, anti-hipertensivo, mineralizante, anti-infeccioso, anti-prostático.

Princípios ativos

Saponinas (equisetoninas), potássio, cálcio, fósforo, manganês, ácido silícico, flavonoides, alcaloides, taninos, fitosteroides, áci-dos graxos aconitínico, benzoico, málico, gálico, péctico, vitamina C, resinas, lignanos.

Indicações terapêuticas

Osteoporose, reumatismo, ajuda nos tratamentos para emagrecer, edema pré-menstrual, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea.

Planeta

Saturno.

Uso mágico

Fertilidade.

clip_image001

1. Informações Complementares

* Nome em outros idiomas

Espanhol: cola de caballo, yunquillo, yerba de los plateros, yerba del tigre, cola de lagarto (Uruguai) e tembladera pequeña (Colôm-bia).

Inglês: equisetum ou horsetail.

a) Origem 

Europa.

Remanescente de plantas pré-históricas, único sobrevivente de um gênero fóssil que existiu antes do aparecimento do homem, há milhões de anos. A cavalinha pertence ao grande grupo das Criptógamas vasculares. A erva é remanescente desse período, quando cavalinhas gigantes se proliferavam à beira dos lugares úmidos, como uma espécie de bambu mais aquático.

b) Características e Cultivo

A cavalinha possui grandes quantidades de ácido sílico, flavonoides, sais de potássio, ferro e magnésio, além de tanino e outras substâncias.

Prefere solos pantanosos ou campos úmidos.

Caules ocos de até 30cm de altura, parece um bambu sem folhas e fino. Os caules podem ser de dois tipos:

● estéril: mais alto, de cor esverdeada, pequenas folhas em forma de agulhas emendadas; essa parte produz alimentos para si mesma, realizando a fotossíntese;

● fértil: aparecem na primavera, são mais curtos, de cor branco amarelada na base e vermelho escuro na ponta, com tufos de esporos bissexuados.

c) Descrição

As cavalinhas (Equisetum arvensis L/Equisetum hyemale) habitam o mundo todo, inclusive o Brasil, onde se adaptou.

É uma planta perene, rizomatosa e reptante da família das Equissetáceas, que prefere terre-nos pantanosos ou úmidos. Caracteriza-se pelos talos férteis, pardo-amarelos ou estéreis, verdes. Os primeiros nascem no inverno e formam espigas esporangíferas de até 20cm, enquanto os verdes, de até 80cm, surgem dos primeiros.

Esta planta deriva de ancestrais mesozoicos de mais de 270 milhões de anos. Seus rizo-mas são longos e tem nós de espaço a espaço além de lançarem ramificações compridas que formam curvas bonitas semelhantes ao que acontece com os rabos de cavalos. Daí seu nome.

Tem 5% de saponinas (equisetoninas) e mais potássio, cálcio, fósforo, manganês, ácido silícico, flavonoides, alcaloides, taninos, fitosteroides, ácidos graxos (linolêico, linólico e oleico) aconitínico, benzoico, málico, gálico, péctico e vitamina C, além de resina e lignanos.

2. Propriedades

a) Medicinal

Por conter grande quantidade de silício, é uma excelente mineralizante, ou seja, é boa para problemas nos ossos, como osteoporose; é conhecida também como erva da terceira idade, pois além dos ossos, protege também quem tem problemas de próstata.Diurética e anti-úrica, a cavalinha é usada popularmente para tratar de retenção e irritação das vias urinárias (rins e bexiga), anemias, hemorroidas, hemorragias nasais, inflamações de útero, fraturas e descalcificação de dentes e ossos, sob forma de infusão (2 a 3 xícaras/dia), auxilia no tratamento de hemorragias (sob forma de vapor ou compressas). Sua utilização é sob forma de chá, feita com infuso (ferve-se primeiro a água, coloca-se a erva num recipiente e joga a água fervente por cima, abafando antes de tomar pelo menos por cinco minutos) de 2 colheres de sopa da erva picada para 500 ml de água.

Por seu alto conteúdo mineral, principalmente o silício, a cavalinha é muito usada para recompor o tecido conjuntivo, por aumentar a atividade dos fibroblastos e a elasticidade dos tecidos, o que a torna útil na osteoporose e reumatismos (Weiss R., 1980). Por outro lado, tendo potássio, equisetonina e ácido gálico, é um bom diurético e anti-hipertensivo, além de ajudar nos tratamentos para emagrecer, conforme Bakke, F. et al., 1980, já estudaram.

Nos edemas pré-menstruais, o equiseto pode ajudar muito, já que receita de diurético de síntese não funciona: na Colômbia, Corpas J. et al., em 1995, fizeram pesquisas neste sentido e mostraram que estigmas de milho e equiseto eram bons medicamentos para isto. Ademais, por ter ácidos, aconítico e cítrico, favorece o metabolismo do cálcio na coagulação sanguínea, contracenando estes ácidos com a silícea e os flavonoides (Viñas, F., 1993).

Um trabalho de Peris, J. et al, em 1995, mostrou algum efeito retardador sobre o cresci-mento de células neoplásicas e do aparecimento de metástase e que os alcaloides podem ter ação anticolinérgica e oxitócica.

b) Cosmética

Em infusão, combate a celulite; ferva 30gs da erva (caules estéreis) em 2 litros de água por 15 minutos. Coe e despeje na banheira. Tome banho de imersão por 20 minutos. Repita 2 ou 3 vezes por semana.Uma infusão mais forte aplicada com bandagens, ou mesmo um cataplasma da erva, aplicada em locais do corpo propensos a celulite, faz verdadeiras maravilhas.A cavalinha é ainda excelente tônico para peles oleosas.

c) Utilização

* Uso caseiro: utilizada na marcenaria para polir madeira. Também usado como corante verde.Usa-se contra transpiração excessiva nos pés, sob a forma de tintura, com banhos preparados com a planta.Muito bonita em arranjos com flores, antigamente era usada como uma espécie de "bombril" vegetal, bom para arear panelas (pelo seu teor de silício).

* Aromaterapia: tônico nervoso para a exaustão e cansaço, anti-depressivo, combate stress e ansiedade.

3. Dosagem indicada

Na etnomdicina, decocção de seus talos (50g/l) é usada como mineralizante, diurético, anti-infeccioso, urinário e antiprostático, com 4 xícaras ao dia (50g tem aproximadamente 30mg de silício, mais ou menos o que se usa em prescrição médica).

4. Outros Usos

Na Europa, o E. hyemale, variedade do nosso equisseto, é usado para polir prata e estanho. Isso é possível pela alta quantidade de silício que apresenta (a areia tem muito silício).

Também o colocam sobre páginas de livros velhos para protegê-los de deterioração e na agricultura biológica a cavalinha macerada, seu pó ou decocção é usada para controle de pragas.

Na cosmética, é reforçado de unhas e ajuda na prevenção de estrias e rugas por ter muito silício. Este metal participa da formação de glucosaminaglicanos, essenciais para o metabolismo de ossos e cartilagens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário