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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Artemísia, Absinto ou Losna

Nome popular

LOSNA, ABSINTO, ERVA DOS VERMES, ARTEMÍSIA, ER-VA DOS VELHOS, SINTRO, ALVINA, ERVA SANTA.

Nome científico

Artemisia absinthium L.

Família

Asteraceae

Sinonímia popular

Absinto, artemísia, losma, gotas-amargas.

Parte usada

Folhas e flores, pontas floridas.

Propriedades terapêuticas

Carminativa, diurética, colagoga, emenagoga, abortiva, antiparasitária, vermífugo, aperiente.

Princípios ativos

Tujona, flavonoides, ácidos fenólicos (cafeico), taninos, ácidos graxos, esteróis, carotenóides, vitaminas B e C, compostos azulênicos, metilcamazuleno.

Indicações terapêuticas

Queimaduras, otites, micoses de pele, ulcerações na pele (tópico), feridas, anemia.

Classificação

Botânica

Reino

Magnoliopsida

Classe

Asterales

Gênero

Artemísia

Espécie

absinthium

Planeta

Marte ou Lua

Elemento

Fogo ou Água

Uso mágico

Proteção, amor, poderes psíquicos e comunicação com espíritos.

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1. Informações Complementares

* Nome em outros idiomas

Absinthe (França)

Wermut (Alemanha)

Assenzio (Itália)

Common wormwood ou green ginger (USA)

Ajenjo (Espanha, Argentina)

Armoise, madderwort, malurt

a) Outros nomes populares

Losna-maior, vermute, erva-santa, erva-dos-vermes e erva-do-fel

b) Origem

Ásia e Europa.

c) Lendas e Mitos

Seu nome latino significa "sem prazer".

Na Bíblia é apresentada como um símbolo de prova.

d) Características e Cultivo

Erva perene, cresce de 60cm a 1 metro. Folhas bem recortadas, de cor verde acinzentadas e esbranquiçadas na parte inferior. Flores amarelas em cachos. Clima temperado, solos areno- argilosos, bem drenados e rico em matéria orgânica. Semear ou dividir touceiras ou fazer estaquia de galhos para reproduzir.

e) Descrição botânica

É uma planta herbácea, medindo de 0,40 a um pouco mais de 1 metro de altura, perene; caule piloso (curtos e sedosos), folhas pecioladas, alternas trilobadas na base da planta, com segmentos lanceolados e obtusos; nas medianas são bilobadas e as próximas das flores são de margem inteiras; possuem cor esverdeada na parte superior e branco-prateada na parte inferior. As sumidades floridas estão em capítulos subglobosos, amarelos, agrupados em panículas. O epiderme é formado de células sinuosas, contém estomas nas duas faces; pelos tectores, glândulas sésseis ou curtissimamente pedunculadas; o mesofilo é heterogêneo.

f) Características gerais

Todas as partes da planta possuem sabor muito amargo e aroma muito forte. Crescem espontaneamente em locais pedregosos da Europa, Ásia e norte da África. No Brasil é cultivada em hortas e jardins em locais agrestes; produz melhor em climas temperados. Tem preferência por solos argilo-arenosos, mas cresce em todos os solos desde que permeáveis. A propagação é feita por divisão de touceiras com raízes, estacas de galhos ou sementes.

Colheita: colhe-se as folhas preferencialmente antes da floração nas primeiras horas do dia. Em cultivos comerciais, corta-se toda a planta após dois anos.

g) Princípios ativos

Seu principal componente é um óleo essencial que varia de cor verde-azulada e amarelo-castanho composto principalmente de tujona e alfa e beta-tujona, representando uma porcentagem superior a 40% dependendo do período de colheita Mas foram identificados aproximadamente 60 compostos, mono e sesquiterpenos, muitos deles oxidados; estão presentes o linalol, 1,8-cineol, beta-bisabolol, alfa-curcumeno e espatulenol, nerol elemol.

Possui lactonas sesquiterpênicas (do tipo guaianólidos) responsáveis pelo sabor amargo que são: a absintina(0,20-0,28%), artabsina, matricina e anabsintina.

Possui outros constituintes identificados que são: flavonoides, ácidos fenólicos (cafeico), taninos, ácidos graxos, esteróis, carotenoides e vitaminas B e C. A cor azulada indica a presença de compostos azulênicos, metilcamazuleno e outros.

O óleo essencial obtido das flores, principalmente no início da floração, contém mais tujona do que o óleo extraído das folhas.

h) Atividade biológica

A absintina tem propriedade amargo-estomáquica.

* Tujona: possui ação anti-helmíntica contra Ascaris lumbricoides, efeito estimulante do coração e musculatura uterina. Possui também ação antagônica para envenenamentos por narcóticos.

2. Propriedades

a) Medicinal

Fortificante e estimulante de apetite; bom para anemias. O chá bem concentrado é bom para aliviar vermes. Os sucos ou extratos não devem ser usados, pois são tóxicos.

* Infuso: 20gs de folhas em 1 litro de água por 10 minutos. Tomar 1 colher de sopa de hora em hora.

b) Propriedades farmacológicas

As preparações administradas por via oral produzem um aumento das secreções biliares, gástricas, devido a presença das substâncias amargas. Tem ação estimulante do apetite e favorece a digestão. O óleo essencial possui propriedades carminativas, espasmolítica, antibacteriana e fúngica. Segundo a Comissão E e ESCOP está indicada principalmente para a perda de apetite, dispepsia e distúrbios biliares, espasmos gastrointestinais e flatulência.

c) Utilização

* Uso caseiro: cerveja de absintio - 01 parte de folhas de losna para 30 partes de cerveja, deixando macerar por 24 horas.(bom para lombrigas e oxiúros).

3. Dosagem

Utilizar na forma de infusões; tinturas e extratos fluidos. Decocção para uso externo em feridas, úlceras de pele e compressas.

É a grande protetora do aparelho digestivo. A infusão de flores e folhas, essencialmente amarga, usada em pequenas doses, estimula as secreções gástricas, biliares e pancreáticas, aumentando o apetite e estimulando a digestão. Rica em ferro, atenua anemias. O chá forte é usado como vermífugo.

4. Outros usos

É muito utilizada na preparação de aperitivos amargos.

As propriedades aperitivas (estimulante do apetite), vermífugas e estomacais explicam o uso da planta no preparo do vermute e do licor de absinto, entretanto, vale lembrar que a presença de uma substância tóxica - a tuinona (tujona) - pode produzir efeitos altamente perigosos.

Altas doses do chá e outros preparados a partir desta planta podem provocar tremores, convulsões, tonturas e até delírios.

Não é recomendada para pessoas com problemas com úlceras e gastrite por estimular a salivação e a produção do suco gástrico.

5. História do absinto

Planta conhecida na Antiga Grécia e pelos celtas e árabes com citações datada de 600 a.C. para tratamentos digestivos. O licor de absinto era muito conhecido e apreciado por poetas e artistas como Van Gogh, Toulouse-Lautrec, Artur Rimbaud, Degas, Manet, Baudelaire, Picasso e outros.

Era conhecida com o nome de "fada verde" (líquido verde-esmeralda) e ao que estudos indicam, responsável pelo comportamento bizarro de Van Gogh. O consumo do licor de absinto está proibido na França desde 1915 e atualmente em outros países da Europa e Estados Unidos.

6. Curiosidades

Na Grécia Antiga esta planta era dedicada a Ártemis, deusa da fecundidade e da caça. Daí a origem de seu nome científico.

Cuidado

Efeitos colaterais: Não deve ser usado por quem estiver fazendo tratamento radioterápico.

Toxicologia da planta: O óleo essencial da Artemísia (losna) puro não é recomendado para uso interno. Por conter tujona na sua composição é altamente tóxico.

A intoxicação manifesta-se através de espasmos gastrointestinais, vômitos, retenção de urina por complicações renais severas, vertigem, tremores e convulsões. O uso prolongado do absinto (bebida alcoólica feita com a losna (A. absinthium) produz um efeito conhecido como abisintismo que se caracteriza por transtornos nervosos, gástricos e hepáticos podendo provocar perturbações da consciência e degeneração do S.N.C.

Não deve ser usada por gestantes e crianças menores. Um trabalho publicado em 2002 na Itália confirmou os efeitos neurotóxicos da tujona, presente no absinto.

A planta não dever ser usada continuamente e sem prescrição médica.

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