O boldo alivia diversos desconfortos que acometem os estômago, fígado e intestino. dependendo da variedade da planta (são 4 os tipos mais conhecidos), o consumo de boldo estimula o trabalho do fígado na digestão dos alimentos, elimina impurezas do organismo e ainda dá aquela forcinha após excessos no consumo de álcool.
Cuidado
Apesar de seus benefícios, o boldo não deve ser consumido por crianças, idosos, gestantes e pessoas que sofrem de hepatite aguda.
A planta também não deve ser ingerida em excesso e por longos períodos.
BOLDO CHINÊS
Nome científico: Plectranthus ornatus
Descrição: folhas pequenas e arredondadas.
Usos: estimula o funcionamento do fígado.
BOLDO BAIANO
Nome científico | Vernonia condensata Baker. |
Família | Compostas |
Sinonímia popular | Alcachofra, boldo-chinês, boldo-japonês, Aloma, luman, árvore-do-pinguço, boldo-goiano, aluman, cidreira-da-mata, heparém, figatil. |
Sinonímia científica | Vernonia bahiensis Toledo. |
Parte usada | Folhas |
Propriedades terapêuticas | Analgésico, sedativo, aperiente, colagogo, tônico, hepatoprotetor. |
Princípios ativos | Saponinas, glicosídeo cardiotônico (vernonina), substâncias a-margas (lactonas sesquiterpênicas), óleo essencial, flavonoides. |
Indicações terapêuticas | Distúrbios de estômago e fígado, gases intestinais, colesterol alto, diarreia alimentar, insuficiência hepática, inapetência, infla-mação da vesícula, colecistite. |
1. Informações complementares
a) Origem
Acredita-se que é africana e que foi trazida ao Brasil pelos escravos das á-reas de Benin e Nigéria.
Planta amplamente cultivada em hortas e jardins domésticos de todo o leste e sudeste do Brasil para uso caseiro de várias moléstias, hábito este herdado de nosso escravos que a trouxeram da África para a Bahia.
Somente as folhas são utilizadas, cuja colheita pode ser feita em qualquer época do ano, de preferência antes do surgimento de flores.
É empregada tradicionalmente para a supressão de gases intestinais, minimizando a prisão de ventre; insuficiência hepática e inflamação da vesícula. As folhas são usadas em infusão como analgésico, sedativo e estimulante do apetite, porém principalmente empregadas nos casos de distúrbios do fígado (úlceras) e do estômago (gastrite). Também é indicado para colecistite e diarreia alimentar.
3. Dosagem indicada
a) Gases intestinais, colesterol com taxa alta, insuficiência hepática, colescistite aguda (inflamação da vesícula)
Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (sopa) de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá) de manhã em jejum, e outra, 30 minutos antes das principais refeições.
b) Colecistite, diarreia alimentar
Coloque 1 colher (sopa) folhas picadas em 1 xícara (chá) de água em fervura. Deixe ferver por 3 minutos, espere esfriar e coe. Tome 1 xícara (chá) quando sentir a dor. No caso da diarreia tome a mesma dosagem logo após a evacuação.
c) Colecistite aguda, insuficiência hepática, gases intestinais, fluidificante do suco biliar, hepatoprotetor, cálculos biliares, colesterol com taxa alta, inapetência
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco seco. Deixe em maceração por 5 dias, agitando de vez em quando e coe. Tome 1 cálice 30 minutos antes das principais refeições.
Importante:
As propriedades analgésicas e de proteção gástrica já tem comprovação científica.
BOLDO-DA-TERRA OU BOLDO-DE-JARDIM
Nome científico | Plectranthus barbatus Andrews |
Família | Labiadas |
Sinonímia popular | Falso-boldo, boldo-brasileiro, boldo-do-reino, alum, boldo-nacional, malva-santa, malva-amarga, sete-dores, boldo-do-brasil, folha-de-oxalá. |
Sinonímia científica | Coleus barbatus (Andrews) Benth; Coleus forskohlii (Will.) Briq. |
Parte usada | Folhas. |
Propriedades terapêuticas | Tônica, eupéptica, hepática, colagoga, colerética, calmante, carminativa, anti-reumática, estomáquica. |
Princípios ativos | Óleo essencial rico em guaieno e fenchona (0,1 a 0,3%), Terpe-nos (barbatusina, ciclobarbatusina, cariocal), Triterpenoides, Esteroides. |
Indicações terapêuticas | Azia, dispepsias, mal estar gástrico, ressaca, gastrite. |
1. Informações complementares a) Origem Índia. b) Descrição Folhas pontiagudas, serrilhadas na borda e com pelos na superfícies. |
O boldo nacional pode ser usado contra azia, dispepsias, mal-estar gástrico, no controle da gastrite, na ressaca e como amargo estimulante da digestão e do apetite.
Tem efeito hipossecretor gástrico, ou seja, diminui o volume do suco gástrico e sua acidez. Possui ação analgésica. Ainda não se sabe qual seria o componente químico responsável pelo sabor amargo tão característico das folhas, que surpreendentemente não está presente nos talos.
2. Dosagem indicada
a) Afecções hepáticas (hepatite, cólicas, congestões, etc.), dispepsias, flatulência, obstipação, afecções gástricas, inapetência, cálculos biliares, debilidade orgânica
* Infusão: o chá é feito por infusão de 1 a 3 folhas por xícara grande de água fervente. Tomar de 1 a 3 xícaras de chá ao dia.
b) Insônia
* Decocção: chá por decocção, sob a forma de banhos, age como tranquilizante e proporciona sono reparador.
c) Azia
Colocar em uma panela 2 folhas frescas de boldo-da-terra e ½ colher (sopa) de folhas frescas de hortelã com ½ litro de água. Ferver durante 15 minutos. Esperar amornar, coar e tomar 1 xícara (chá) a cada 8 horas.
Contraindicação: crianças menores de 6 anos, bebês e pessoas com úlceras e gastrite não devem consumi-lo.
d) Ressaca
Ferver 1 xícara (chá) de água por 5 minutos. Após o tempo recomendado, adicionar 1 colher (sopa) de folhas frescas de boldo-da-terra, desligando o fogão. Tampar e esperar amornar. Coar e adoçar com mel a gosto e tomar 3 xícaras (chá) por dia.
Cuidado
Efeitos colaterais: Pode produzir irritação da mucosa do estômago, se usado em doses elevadas.
BOLDO-DO-CHILE
Nome científico | Peumus boldus Molina. |
Família | Monimiáceas |
Sinonímia popular | Boldo chileno. |
Sinonímia científica | Peumus boldus (Molina) Lyons; Boldea boldus (Molina) Loo-sen; Boldoa fragrans Gay; Ruizia fragrans Pavon. |
Parte usada | Folhas |
Propriedades terapêuticas | Tônica, excitante, aperiente, digestivo, carminativo, diaforético, calmante, estomáquica, eupéptica, colagoga, colerética, diurética. |
Princípios ativos | Óleo essencial (eucaliptol, ascaridol, cineol, eugenol e alfa pine-no) (2% v/p); Alcaloides (totais 0,250 a 0,535%) sendo eles: (boldina 0,1%), isocoridina, norisocoridina, N-metil-laurotetanina e esparteína; Taninos. |
Indicações terapêuticas | Afecções do fígado e do estômago, litíase biliar, cólicas hepáticas, hepatites, dispepsia, tontura, insônia, prisão de ventre, reumatismo, gonorreia. |
Planeta | Júpiter |
1. Informações complementares * Nome em outros idiomas Inglês: boldutree, boldus, boldea Alemão: boldea Francês: boldo Italiano: boldo Espanhol: boldo |
a) Origem
Chile, onde o boldo forma verdadeiras matas de arvores com até 12 ou 15 metros de altura em diversas regiões e no norte se restringe quase que exclusivamente À cordilheira costeira dos Andes.
Glicosídeos (glucoboldina ou boldoglucina); Flavonoides; Sitosterol; Ácido oleico, linoleico, linolênico; substâncias minerais.
c) Outras espécies
* Coléus sp - falso boldo.
2. Propriedade
a) Uso medicinal
Facilita a digestão e trata de distúrbios biliares; diurético; diminui o reflexo de blefarospasmo (tique de piscar o olho). Popularmente também é utilizado para icterícia. Aumenta o apetite, minimiza inflamações na bexiga e alivia os sintomas da ressaca, além de proteger o fígado.
*Infuso: 2 gramas de folha em 100 ml de água fervente por 20 minutos. Tomar três vezes ao dia, antes das refeições.
Atribuem-se ao boldo, incontáveis virtudes medicinais. Tônicas e excitantes, constituem em decocções medicamento especialmente indicado para afecções do fígado e do estômago.
De modo geral atuam contra as seguintes enfermidades: hepatites, litíase biliar, cólicas hepáticas e congestões do fígado, flatulência , dispepsia, dores de estômago, distúrbios gástricos e digestivos, inapetência, fraqueza orgânica, tonturas e insônia, prisão de ventre e cólicas intestinais, reumatismo e gonorreia.
Combate a má digestão, fortifica o estômago e os nervos. Combate a insônia, limpa as manchas da pele, especialmente as do rosto causadas por distúrbios do fígado.
Usa-se o cozimento do boldo externamente para banhos e pedilúvios no combate ao reumatismo, à hidropisia, afecções da pele, sífilis, blenorragia e a outras enfermidades semelhantes.
O boldo promove o aumento da produção e fluxo de bílis e regula a atividade da vesícula biliar.
O perfume do boldo recorda aquele da hortelã e da melissa.
* Cuidados com a planta seca: as folhas dessecadas vão reduzindo os teores das substâncias citadas à medida que envelhecem, até chegar ao ponto em que se tornam inúteis tanto para fins medicinais como aromáticos. Os estoques velhos deverão portanto ser substituídos por folhas novas da última colheita.
Adquirir a planta somente em casas especializadas, visto que a planta não cresce no Brasil, e somente é encontrada na forma seca.
b) Cosmética
Tratamento de 1 semana ingerindo maceração de boldo, dá realce especial à pele, acabando com cansaço da pele.
*Maceração: colocar duas folhas de boldo em 1 copo de água filtrada ou mineral à noite e tomar pela manhã. Preparar outra dose para tomar à noite.
3. Dosagem indicada
a) Colecistites, eliminador de cálculo biliar (ácido úrico e oxalato de cálcio)
Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (sobremesa) de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 20 minutos e coe. Tome 3 xícaras (chá) ao dia, sendo uma em jejum, e as demais 30 minutos antes das principais refeições.
b) Afecções gástricas, afecções hepáticas, afecções renais, inapetência
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas picadas em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 5 dias, agitando o líquido de vez em quando. Coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
c) Insuficiência hepática, colecistites, cálculo biliar (ácido úrico ou oxalato de cálcio), inapetência
Coloque 2 colheres (sopa) de folhas picadas em 1 xícara (chá) de álcool de cereais a 70%. Deixe em maceração por 5 dias, mexendo de vez em quando. Coe. Tome 1 colher (café), diluído em um pouco de água, antes das principais refeições. Antes da utilização, colocar as doses diárias ao sol, para evaporar o álcool nelas contido.
d) Colecistites, cálculos biliares
* Decocção: ferver 15g de folhas de boldo em 1 litro de água, por 2 minutos. Coar, adoçar e beber duas xícaras (chá) por dia.
* Vinho medicinal: macerar por 3 dias, 30g de folhas de boldo em 1 litro de marsala. Filtrar o líquido, colocar em uma garrafa e consumir um calicezinho ao fim de cada refeição.
4. Curiosidades
É utilizada em combinação com outras plantas aromáticas, na indústria de licores e bebidas alcoólicas amargas.
Os incas utilizavam as propriedades do boldo contra sangramentos e como amargo estimulante do estômago.
As propriedades medicinais do boldo foram descobertas incidentalmente através do carneiros. Encaminhados por acaso aos contrafortes da Cordilheira dos Andes, no Chile, alguns rebanhos de carneiros, não encontrando outro tipo de alimentação, passaram a comer as folhas de boldo, que cresce aí em abundância. Depois de alguns meses, os pastores notaram que os animais estavam curados das doenças do fígado e da prisão de ventre que lhes são característicos. Daí então o boldo ficou conhecido como planta curativa.
5. Outros usos
A madeira seca do tronco é excelente para serviços de torno em marcenaria e carpintaria, a madeira é castanho oliva, de grande dureza e durabilidade e de estrutura fina quando seca. A casca é rica em taninos, e por esta razão é utilizada para curtir e até tingir fibras.
Cuidado
Efeitos colaterais: Em caso de overdose pode provocar vômitos.
Toxicologia: Tomada em doses maiores que as recomendadas, podem provocar vômitos.
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