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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Jurubeba

Solanum paniculatum L. Família Solanaceae; fonte da foto: caminhosnaumbanda.blogspot.com

Nome científico: Solanum paniculatum L.
Família: Solanaceae
Planeta: Júpiter
Sinonímia popular: Jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba, joá-manso, jurupeba-altera, jurubebinha, juripeba.
Parte usada: Raízes, folhas e frutos.
Propriedades terapêuticas: Tônica, desobstruente, digestiva.
Princípios ativos: Esteroides, saponinas, glicosídeos e alcaloides.
Indicações terapêuticas: Febre, hidropisia, doenças do fígado, diabetes, tumores do útero e abdômen, anemias, inflamações do baço, problemas de bexiga, ressaca.

1. Informações Complementares
a) Origem
As propriedades medicinais da alcaçuz são conhecidas há mais de 3.000 a-nos. Egípcios e gregos o apreciavam pelo sabor suave e calmante. Arbusto que cresce sobretudo na Europa Meridional e na Ásia Menor.

b) Características e Cultivo
Arbustivas, perenes, com caules e ramos espinhosos. Folhas sinuadas tomentosas, verde escuras na face superior, verde-claras na inferior, apresentando espinhos no pecíolo e nervura mediana muito saliente. Inflorescências cimosas e de flores azuis (Solanum panicu Latum L) ou brancas (Solanum variabile Mart). O fruto é uma baga esférica, amarelada, presa a um pedúnculo comprido. Dá em cachos. Reprodução por sementes e vegetativamente por rizomas. Solos semi-arenosos e ácidos.

c) Descrição
Jurubeba é uma pequena árvore da família das Solanaceae, cresce a 3m em altura, podendo chegar a 5m, comum no norte de Brasil e outras partes tropicais de América do Sul.
Existem dois tipos de jurubeba: macho e fêmea. Os usos indígenas de jurubeba são muito mal documentados, mas seu uso em medicamentos brasileiros foi bem descrito. Jurubeba é listado como uma droga oficial na Pharmacopea Brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. Em 1965, Dr. G. L. Cruz escreveu que "as raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionantes. Estimula as funções digestivas e reduz a inchação do fígado e baço. É um remédio para hepatites crônicas, febre de intermites, tumores uterinos e hidropisia"
Solanum é o gênero mais representativo da família Solanaceae e consiste de cerca de 1.500 espécies perenes, arbustos, árvores e trepadoras, sendo um dos mais numerosos do mundo. Apresenta muitas plantas úteis usadas na alimentação e também muitas plantas infestantes ou daninhas. A maioria das plantas do gênero Solanum contém alcaloides tóxicos. Em algumas espécies de Solanum, certas partes são comestíveis enquanto outras partes da mesma planta são muito venenosas, O melhor exemplo conhecido é a batata (Solanum tuberosum) que tem folhagem e frutos venenosos e tubérculos comestíveis, embora estes fiquem venenosos quando se tornam verdes pela exposição prolongada à luz.
Muitas espécies de Solanum são conhecidas como “jurubeba", tal como a Solanum paniculatum, uma planta nativa nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
A origem do nome vem do adjetivo latino "paniculatum", paniculado, pelo tipo de inflorescência. Os principais nomes populares são: jurubeba, jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e joá-manso. O nome vulgar deriva do tupi "yú", espinho, e "peba", chato.

d) Princípios ativos
Os componentes ativos da jurubeba foram documentados na década de 60 pesquisadores alemães descobriram novos esteroides, saponinas, glicosídeos e alcaloides nas raízes, caule e folhas. Os alcaloides foram encontrados em maior abundância nas raízes, enquanto que nas folhas encontram-se as maiores concentrações de glicosídeos.
Esses compostos também têm algum efeito tóxico, de modo que não se recomenda a ingestão frequente de preparações de jurubeba. As propriedades farmacológicas documentadas desde a década de 40 incluem o uso para estômago, febres, diurético e tônico. Estudos em animais indicaram que extratos da planta em água ou álcool foram eficazes em reduzir a pressão sanguínea enquanto aumentando a respiração em gatos, evidenciando uma ação estimulante no coração.

Jurubeba (Solanum paniculatum L.); Flora do RN – fonte da foto: seresvivosdorn.blogspot.com

2. Propriedades

a) Medicinal
Diurética, desobstruente tônico, anti-inflamatória. Emprega-se popularmente com bom resultado para combater as icterícias, cistites, febres intermitentes, prisão de ventre e as inflamações do baço (suco dos frutos). Externamente empregam-se as folhas amassadas sobre machucados. A raiz é indicada nas dispepsias atônicas e na diabete. Desobstruente do fígado.

* Maceração: 4gs de folhas ou frutos verdes em um copo de água fria; também consumida sob forma de vinhos, bastando para tanto deixar macerar no vinho branco.

* Infusão: 2 colheres de sopa de folhas ou flores ou frutos picados para 1 litro de água fervente. Tomar 3 xícaras de chá morno, sem açúcar, por dia.

b) Utilização
* Uso mágico: usado em poções afrodisíacas.

3. Outras Espécies

a) Solanum fastigiatum

Solanum fastigiatum Willd.; fonte da foto: portalsaofrancisco.com.br

A Solanum fastigiatum, conhecida como jurubeba do sul, é uma planta nativa na região Sul do Brasil, ocorrendo também nos países da Bacia do Prata. Comum no Rio Grande do Sul, especialmente na Depressão Central; presente também em outros estados sulinos. A origem do nome vem do adjetivo latino "fastigiatum", "que termina em ponta", motivado pelos ramos fasciculados da inflorescência, que apresentam frutos em suas pontas.
Os nomes populares são: jurubeba, jurubeba-do-sul, jurubeba-velame, velame. Essa planta é bastante parecida com diversas outras, que também são conhecidas pelo nome vulgar de jurubeba e é usada na farmacopeia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum. Como existem preparações comerciais à base de jurubeba, é comum que as firmas que as apresentam recebam material de plantas parecidas, inclusive de Solanum fastigiatum.

Observação:
A ingestão de partes da planta tem causado patologias em bovinos. A ocorrência maior
tem sido em épocas de carência de forragem e os animais precisam ingerir a planta por um período prolongado. Estudos feitos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (1985 e 1987) indicam que a sintomatologia é relacionada com disfunção cerebelar, com crises periódicas do tipo de epilepsia, que duram de alguns segundos a um minuto e são desencadeadas geralmente quando os animais são movimentados ou excitados.
Há perda de equilíbrio e quedas, ficando os animais em decúbito dorsal ou lateral, com tremores musculares. Após as crises, os animais aparentam normalidade, mas alguns estendem o pescoço numa atitude de "olhar estrelas" e buscam maior apoio com extensão dos membros anteriores. Em geral não ocorre mortalidade diretamente relacionada com o problema, mas com as quedas podem haver fraturas. A patologia se torna crônica e a regressão clínica é rara.

b) Solanum asperolanatum
This trusted image is of Solanum asperolanatum; fonte da foto: eol.org

A Solanum asperolanatum, conhecida como jupeba, é uma planta arbórea perene, com até 3 a 4m de altura, reproduzida por semente, nativa na América Tropical, com ocorrência esparsa no Brasil, geralmente confundida com outras espécies. A origem do nome vem do latim "asperu", áspero, e "lana", lã.
Recebe os seguintes nomes populares: jurubeba, jupeba. A planta é parecida com outras espécies de "jurubebas", pelo aspecto geral e pelos frutos. Distingue-se de Solanum paniculatum pelo posicionamento das inflorescências e pelas flores brancas. Plantas novas podem ser confundidas com Solanum variabile, pois em ambas as espécies ocorrem pelos ferrugíneos. É usada na farmacopeia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum, e também nas preparações comerciais a base de jurubeba que são preparadas indistintamente com várias espécies de Solanum.

c) Solanum variabile
Solanum variabile Mart.; fonte da foto: www6.ufrgs.br

A solanum variabile, conhecida como jurubeba falsa, é uma planta nativa na região Meridional do Brasil e regiões limítrofes dos outros países. No Brasil é relatada a ocorrência de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, com maior intensidade na região Sul, sendo muito frequente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com grande ocorrência nas beiras de estradas. A origem do nome vem do adjetivo latino "variabile", variável, pela grande variabilidade na planta em geral, particularmente no formato das folhas e no tipo de pelos. Os principais nomes vulgares são: velame, jurubeba-velame, velame-de-capoeira, jurubeba-falsa, juveva, jupicanga.

4. Um pouco mais sobre a Jurubeba
A jurubeba de nome científico Solanum paniculatum, da família das Solanáceas, é utilizada internamente como antifebril, em doenças do fígado, em diabetes, em anemias, inflamações do baço, tumores do útero e abdome, em anemias e problemas de bexiga.
Parte utilizada: raízes, folhas e frutos.
Esta espécie é facilmente confundível com outra jurubeba, Solanum fastigiatum. As duas se diferem entre si nos tipos de pelos das folhas e ramos e na forma dos espinhos, que em S. fastigiatum são retos e em S. paniculatum são curvos e alargados na porção basal.
Esta jurubeba é indicada para problemas hepáticos e digestivos no interior do Brasil. Chá de suas folhas são usadas contra ressaca e externamente cicatriza feridas. Raízes, folhas e frutos são tônicos e desobstruentes. Bastante estudada por alemães na década de 60, não parece ser tóxica. Há vários trabalhos científicos sobre ela.
A jurubeba-de-boi, jurubebão ou lobeira (Solanum lycocarpuim, St. Hil ), usada para problemas renais, cólicas e diabetes, além de destruir verrugas, é tóxica para o sistema reprodutivo, mas não interfere sobre a fertilidade. É tão tóxica que destrói verruga!

Cuidado
Efeitos colaterais: Como a planta apresenta alcaloides e esteroides, recomenda-se evitar seu uso prolongado.

Precaução: A utilização de frutos verdes de espécies de Solanum como a jurubeba, joá, mata-cavalo e peloteira, compreendendo cada um desses nomes populares de diversas espécies botânicas, deve ser evitada, pois é comum a acumulação de glicoalcaloides capazes de provocar vômitos, diarreia, dores de estômago e cabeça.

3 comentários:

  1. foto tá errada. flor rosada=fastigatum, flor branca=paniculatum

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  2. Obrigada pelo toque. Acredito que agora esteja certo. Abraços, Sofya.

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  3. Excente post, obrigada por compartilhar

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